segunda-feira, 30 de julho de 2012

Artigo de junho da Táxi Cultura!


Qualidade de Vida

Amor íntegro

Vivemos em um mundo em transformações constantes e as relações afetivas tendem a acompanhar esse processo

Por Fernanda Monteforte - 04/06/2012




Amar o outro cada vez mais implica na necessidade de amar a si próprio. Abrir mão dos próprios anseios, subjugar-se ou fazer sacrifícios em prol de uma relação afetiva já não faz parte do panorama atual das pessoas que se sentem realizadas. O amor pleno é aquele vivenciado por duas pessoas inteiras, e não o fruto da romântica busca da metade ideal.


Trocamos a imposição de ceder, pela necessidade de compreender e valorizar a individualidade do outro. Em tempos modernos, as relações saudáveis exigem autoconhecimento e respeito mútuo.



Surgem novos modelos e formas de união e, percebe-se, que os relacionamentos tendem a evoluir para se tornarem mais livres e satisfatórios. A cumplicidade se torna essencial, tal como a valorização humana.

O amor e a amizade


A cada dia devemos nos educar para estabelecer vínculos afetivos sensíveis, pautados na parceria, na valorização das diferenças, no diálogo e na compreensão. Nesse contexto, a amizade aparece como um elo fundamental para que possamos ter um entendimento da posição do outro e respeitá-la.



Atualmente, muitas pessoas optam por não ter um cônjuge e se sentem preparadas para viverem sozinhas. Amam seus amigos, seu trabalho, sua rotina, seus parceiros, seus valores. Uma possibilidade com muita adesão, entre tantas outras.



Nesse caldo de cultura em que estamos atualmente inseridos, não há regra e nem receita infalível. Cada casal deve encontrar sua fórmula de bem-estar e realização. O que pode dar certo para alguns, pode ser inadequado para outros.



Não há nada melhor do que encontrar dentro de si tudo aquilo que é necessário para viver plenamente e fazer suas escolhas. Preservadas a individualidade e a integridade, se você optar por estar junto, certamente será pelo prazer de desvendar com maior lucidez a dimensão do amor.



Fernanda Monteforte
é consultora de qualidade
de vida e ministra
aulas do Método DeRose

Maiores informações:
Tel.: 11 4125-6658
fer

quinta-feira, 10 de maio de 2012

Sensibilidade e poder


Qualidade de Vida

Sensibilidade e poder

No início do novo milênio as mulheres contribuem de forma decisiva na gestação de uma sociedade mais justa e igualitária

Texto publicado na revista 
Táxi Cultura!  maio/12
No dia das mães quero homenagear não apenas as mulheres que optaram por criar seus filhos, mas, também, todas as mulheres que, conscientes ou não, recriam a sociedade em que vivemos.

Quero valorizar a doce guerreira que, diariamente, transgride os resquícios de dominação de uma cultura predominantemente patriarcal para se posicionar na família, no mercado de trabalho, na comunidade, na vida pública e na sociedade como um todo, saindo de uma área de conforto para reestabelecer novos parâmetros às relações humanas, em um sistema que ainda é hierarquizado e opressor.

Sinônimo de autossuperação, a mulher rompe com dogmas da civilização ocidental para ser respeitada muito além de um simples objeto de desejo e consumo. Não quer ser subordinada e nem inferiorizada, pois não se enquadra ao modelo de submissão econômica ou sexual que vigeu por longo período.

Não gosta de guerra, nem de conquista, nem de dominação. Não quer a disputa entre os sexos, e sim, a valorização das diferenças e o respeito mútuo.Opta por não ser menos, nem mais, opta por ser igual, ser parceira e cúmplice.

Atualmente, a mulher tem autonomia para fazer as suas escolhas e traçar seu destino. Liberdade para decidir entre ter ou não filhos, bem como, para estabelecer os parâmetros dos relacionamentos profissionais, afetivos e conjugais que queira vivenciar.

A tradição do matriarcado

Num passado distante, o poder feminino ficou bem registrado em civilizações matriarcais, caracterizadas por uma cultura de maior sensibilidade, dotada de uma estrutura social na qual o poder era exercido pela mulher.

A mãe nutre o filho em seu ventre, amamenta, educa, corrige. Paciência, imparcialidade, compreensão e compaixão normalmente são atributos éticos implícitos na educação, na formação de um novo ser.

As ruínas de Mohenjo-Daro e Harappa e mais de 5 mil anos de história registram essa refinada e sutil forma de cultura. Nesses sítios arqueológicos situados no Vale do Rio Indo, na região noroeste da Índia, estudos registram a existência de uma civilização extremamente evoluída para a época, onde conceitos arrojados de arquitetura, arte e higiene conviviam com uma estrutura social de pouca desigualdade e nenhum racismo. Há mais de 3.000 a.C. reinavam conceitos de qualidade de vida e humanismo que até hoje procuramos resgatar.

E no resgate desses conceitos, capazes de apontar na direção de uma sociedade menos desigual, mais justa e solidária, expresso os meus parabéns às mulheres, com o desejo sincero, de que todas nós – mães e filhas - possamos nos felicitar por contribuir diretamente na gestação de um mundo melhor.




segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Nem um peixinho?

Adoto a alimentação sem carnes há mais de treze anos e nesses parâmetros eduquei minha filha.

Helena, com dez anos de liberdade de escolha e plena saúde, não quer comer os animais. Prefere acariciá-los e observá-los com sua máscara de mergulho.

Foi muito fácil parar de ingerir carnes, pois nunca fui muito adepta aos músculos e órgãos alheios. Pouco afeita ao paladar, consumia mais "carne disfarçada": bem pequenininha, temperadinha e se possível escondidinha. Hoje sei que me alimentava por mero condicionamento cultural. Do famoso camarão, sempre guardei péssimas lembranças digestivas, como bem sabe a minha irmã, que sempre me socorreu nos apuros.

Com esse histórico, não mereço muitos louros por parar de comer carnes. Foi uma mudança natural.

Ao ler o livro Comer Animais de Jonathan Safran Foer, travei contato com o relato de um autor que sempre comeu carne e adorava seu sabor.

Froer em um apelo trazido pela paternidade, fez uma consistente pesquisa sobre a indústria da carne, matadouros, abatedouros, os métodos industrias de pesca e seus reflexos no meio ambiente. Ele não levanta qualquer bandeira ambientalista e nem tampouco é um vegetariano ativista.

Em busca de seus valores, optou por parar de comer carnes por um exercício de ética.

Muitos hábitos são apenas reflexos da incultura sobre um determinado tema. Por isso compartilho essa sugestão de leitura.


Abaixo, algumas reflexões do autor. Escolhi trechos relacionados aos encantadores cavalos-marinhos, vez que seus pares peixes e frutos do mar, por serem muito diferentes de nós, são os mais subjugados.

Não sabemos que a pesca artesanal corresponde apenas a 1% da criação e que os demais 99% correspondem a produção industrial que utiliza tecnologia de guerra, com radares e sonares, gps baseado em satélites e navios repletos de tecnologia para capturar cardumes inteiros e todos os outros animais capturados "acidentalmente" nessa batalha. Froer traz à tona uma verdade que ninguém quer ver.

O autor ilustra que cada prato de sushi precisaria ter um metro e meio de diâmetro para acomodar os belos animais mortos por captura acidental. Não consigo não achar triste.





" Para cada dez atuns, tubarões e outros grandes peixes predadores que estavam nos oceanos de cinquenta a cem anos atrás, sobrou apenas um."


" Cavalos-marinhos, mais do que a maioria dos animais, inspiram estupefação - eles chamam nossa atenção para as assombrosas semelhanças e as diferenças entre cada tipo de criatura e todas as outras. Podem mudar de cor para se mesclar com o ambiente e bater suas nadadeiras dorsais quase tão rapidamente quanto um beija flor bate suas asas. ...

...Não são exímios nadadores; podem morrer de exaustão quando pegos mesmo por pequenas correntes, então preferem ancorar-se em algas marinhas ou corais, ou uns aos outros - eles gostam de nadar aos pares, ligados por seus rabos preênseis...

... Cavalos marinhos têm rotinas complicadas para fazer a corte e tendem a se acasalar em noites de lua cheia, fazendo sons musicais enquanto isso. Vivem relações monogâmicas duradouras...







...O que talvez seja mais incomum, contudo, é o fato do macho carregar os filhotes por seis semanas. Os machos ficam "grávidos", não somente carregando, mas também fertilizando e nutrindo com secreções líquidas os ovos em desenvolvimento. A imagem dos machos dando à luz é sempre assombrosa: um líquido turvo irrompe da bolsa de gestação, e, como um passe de mágica, cavalos-marinhos minúsculos mas formados por completo aparecem de dentro dessa nuvem. ...

...Como um escritor consciente dessa história de Kafka, comecei a sentir um certo tipo de vergonha no aquário...E havia vergonha por ser humano: a vergonha em saber que 35 espécies de cavalos-marinhos classificadas no mundo estão ameaçadas de extinção porque são mortas "sem querer" na produção de frutos do mar...

...A vergonha pela matança indiscriminada, sem nenhuma necessidade nutricional, causa política, ódio irracional ou conflito humano insolúvel. Sentia-me culpado pelas mortes que minha cultura justificava com uma preocupação tão tênue quanto sabor do atum em lata (os cavalos-marinhos estão entre as mais de cem espécies mortas como "captura acidental" na indústria moderna de atum) ou pelo fato de os camarões constituírem convenientes hors d'oeuvres (a pesca de arrastão do camarão devasta as populações de cavalos-marinhos mais do que qualquer outra atividade)....

...Sentia vergonha por viver numa nação de prosperidade sem precedentes - uma nação que gasta em alimentação o menor percentual de sua renda que qualquer outra civilização da história da humanidade - mas que, em nome do baixo preço, trata os animais com uma crueldade tão extrema, que seria ilegal se infligida a um cachorro....

...E nada inspira mais vergonha do que ser pai ou mãe. As crianças nos confrontam com nossos paradoxos e hipocrisias, e ficamos expostos. Precisamos encontratar uma resposta para cada por quê - Por que fazemos isso? Por que não fazemos aquilo? - e com frequência não há uma boa resposta...

...Meu filho não apenas me inspiroua reconsiderar que tipo de animal consumidor de alimentos eu seria, mas me deixou envergonhado a ponto de eu ter que reconsiderar."

Jonathan Safran Froer,
trecho extraído do livro Comer Animais.










quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Artigo de novembro da Táxi Cultura!


Qualidade de Vida

De dentro para fora

Um dos fatores que certamente abala a qualidade de vida de muitos indivíduos é a busca de um tirano padrão estético que oprime características pessoais em prol de modelos pré-estabelecidos.

Por Fernanda Monteforte - 23/11/2011








Especialmente depois que foi instituído o patriarcado, identificamos verdadeiras barbáries em prol de um estilo de beleza que, na maior parte das vezes, desrespeita as características naturais de cada um.

Ao longo da história, observamos desde mulheres usando calçados apertados e espartilhos rigorosos, esmagando seus pezinhos e cintura para a obtenção de um padrão esquálido, até o desenvolvimento de doenças que causam graves transtornos psicológicos e fisiológicos e chegam a ser letais como a bulimia e a anorexia nervosa. E quanto aos homens?
Eles também não escaparam dos complexos causados pelos estereótipos.

Atualmente, o Brasil é um dos países que mais realiza cirurgias plásticas no mundo, inclusive entre adolescentes. Nada contra tais procedimentos, desde que pautados numa decisão individual e consciente, e, não apenas, o reflexo da massificação como ocorre na maior parte das vezes.

E o pior é que, a exemplo da moda, os padrões mudam radicalmente, deixando cair por terra anos, ou até mesmo vidas, de tempo, dinheiro e energia despendidos para minimizar as frustrações causadas pela inadequação de um padrão estabelecido de forma aleatória.

Autoconhecimento, bem-estar, prazer e satisfação

Não é raro observar que as pessoas que mais se empenham para alcançar uma plasticidade idealizada são justamente aquelas que mais sofrem de baixa autoestima. Ouso dizer que, muitas vezes, são tantos os esforços para preservar essa máscara, que nos esquecemos totalmente da essência e deixamos de olhar para dentro.

O corpo se torna um problema, um invólucro para satisfazer as pressões e expectativas externas ao invés de um veículo de autoconhecimento, bem-estar, prazer e satisfação.

A beleza que provém de dentro para fora é muito mais autênticae espontânea. É a força interna do indivíduo que, como uma chama, reflete um corpo físico naturalmente mais belo e saudável; é o prazer de preservar características próprias e valorizá-las como únicas; é o entusiasmo que faz a pessoa transbordar de alegria sincera para contagiar aqueles que estão ao seu redor; é a coragem para transpor os obstáculos e percalços da vida, e é a motivação que traz a energia de ação e realização.

É o poder que faísca pelos olhos.

Dicas:

1. Tenha carinho e respeito pelo seu corpo

2. Exercite-se com técnicas que ampliem a saúde e a
vitalidade, que supram as necessidades fisiológicas
e ergonômicas, escolhendo para tanto, um método
que lhe traga prazer

3. Revise e adote hábitos alimentares saudáveis,
pautados no bem-estar e no prazer, e não na
repressão

4.Alimente a alma com cultura e arte; nutra o
intelecto com informações selecionadas

5. Firme os alicerces do caráter e da ética

6. Adote uma postura mais carinhosa, elegante e
generosa perante seus pares

7. Desenvolva diariamente ações de civilidade, com o
firme propósito de contribuir com um mundo melhor

8. Valorize suas características individuais: você é único!






Fernanda Monteforte é consultora
de qualidade de vida e ministra
aulas do Método DeRose.
fernanda.monteforte@metododerose.org



Artigo de outubro da Táxi Cultura!



Qualidade de Vida

Descomplicar a existência

“Qualidade de vida é tornar sua existência descomplicada; é fazer o que lhe dá prazer, com alegria, saúde e bem-estar” - DeRose
Por Fernanda Monteforte - 25/10/2011

Seria irreal e um tanto imaturo acreditar que podemos nos abster dos percalços da vida, entretanto, descomplicar a existência e as formas que utilizamos para administrar um embaraço, é uma questão de escolha e posicionamento perante as circunstâncias.

Por mais que consideremos vivenciar uma experiência turbulenta como algo indigno de nós, as adversidades não deixarão de existir. Pelo contrário, os obstáculos estão sempre ao nosso redor sacudindo nossas estruturas para transformar nossos paradigmas mais profundos e reavivar a nossa capacidade de realizar.

É importante acreditar que as coisas podem ter um final positivo, por uma razão bastante simples: porque é possível. Mas, para isso, é preciso despertar uma interna e profunda convicção acerca das nossas reais capacidades. Uma atitude crucial para consolidar essa mudança é aprender a perceber que nos problemas estão encerradas as nossas mais preciosas oportunidades de crescimento.

O prazer de agir

Ao invés de ficarmos trôpegos ou paralisados perante o infortúnio, lamentando-nos pelo revés, podemos nos sentir privilegiados a cada desafio. É isso mesmo, sentirmo-nos privilegiados por ter problemas!

Se uma determinada situação chega às nossas mãos, certamente é porque somos fortes, eficientes e capazes para administrá-la. Encará-la de frente, sem temer, fingir ou fugir é a grande oportunidade de aprender e mudar. Assumindo a responsabilidade por fazer diferente conquistamos novas habilidades para reconstruir nosso castelo em um alicerce ainda mais firme.

A realidade nada mais é do que a leitura que se faz dela. Manter o coração confiante perante as intempéries e extrair contentamento de todas as situações é descomplicar a existência. Isso nos permite preservar a estabilidade interna mesmo nos maiores vendavais. A cada bonança conquistada, a manhã de sol será ainda mais linda.

Dicas:

1. Simplifique. Estabelecer prioridades e cumpri-las
é importante para o seu crescimento e estabilidade

2. Aprenda a dizer não e a colocar limites de forma
cordial e elegante, sem se justificar

3. Querer agradar a todos é o primeiro passo para
dispersar sua atenção de seus objetivos

4. Avalie “o que” precisa ser feito para desenvolver
a habilidade de “como” fazer

5. Desenvolva proatividade no momento de adversidade

6. Assuma a responsabilidade por fazer as coisas acontecerem

7. Quem fica parado afunda, mova-se

8. Adote uma metodologia de aprimoramento
pessoal que desenvolva suas habilidades através
da boa alimentação, boa forma e boa cabeça

8. Descubra seus talentos e acredite naquilo que
encontra eco em seu coração




Fernanda Monteforte é consultora
de qualidade de vida e ministra
aulas do Método DeRose.
fernanda.monteforte@metododerose.org

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

“Se…” – de Rudyard Kipling

Texto extraído do Blog do DeRose: http://www.metododerose.org/blogdoderose/


Original, in Elglish:

If…

If you can keep your head when all about you
Are losing theirs and blaming it on you,
If you can trust yourself when all men doubt you
But make allowance for their doubting too,
If you can wait and not be tired by waiting,
Or being lied about, don’t deal in lies,
Or being hated, don’t give way to hating,
And yet don’t look too good, nor talk too wise:

If you can dream–and not make dreams your master,
If you can think–and not make thoughts your aim;
If you can meet with Triumph and Disaster
And treat those two impostors just the same;
If you can bear to hear the truth you’ve spoken
Twisted by knaves to make a trap for fools,
Or watch the things you gave your life to, broken,
And stoop and build ‘em up with worn-out tools:

If you can make one heap of all your winnings
And risk it all on one turn of pitch-and-toss,
And lose, and start again at your beginnings
And never breath a word about your loss;
If you can force your heart and nerve and sinew
To serve your turn long after they are gone,
And so hold on when there is nothing in you
Except the Will which says to them: “Hold on!”

If you can talk with crowds and keep your virtue,
Or walk with kings–nor lose the common touch,
If neither foes nor loving friends can hurt you;
If all men count with you, but none too much,
If you can fill the unforgiving minute
With sixty seconds’ worth of distance run,
Yours is the Earth and everything that’s in it,
And–which is more–you’ll be a Man, my son!

En castellano:

Si…

Si puedes mantener la cabeza sobre los hombros
cuando otros la pierden y te cargan su culpa,
Si confías en ti mismo aún cuando todos de ti dudan,
pero aún así tomas en cuenta sus dudas;
Si puedes esperar sin que te canse la espera,
o soportar calumnias sin pagar con la misma moneda,
o ser odiado sin dar cabida al odio,
y ni ensalzas tu juicio ni ostentas tu bondad:

Si puedes soñar y no hacer de tus sueños tu guía;
Si puedes pensar sin hacer de tus pensamientos tu meta;
Si Triunfo y Derrota se cruzan en tu camino
y tratas de igual manera a ambos impostores,
Si puedes tolerar que los bribones,
tergiversen la verdad que has expresado
y que sea trampa de necios en boca de malvados,
o ver en ruinas la obra de tu vida,
y agacharte a forjarla con útiles mellados:

Si puedes hacer un montón con todas tus victorias
Si puedes arrojarlas al capricho del azar,
y perder, y remontarte de nuevo a tus comienzos
sin que salga de tus labios una queja;
Si logras que tus nervios y el corazón sean tu fiel compañero
y resistir aunque tus fuerzas se vean menguadas
con la única ayuda de la voluntad que dice: “¡Adelante!”

Si ante la multitud das a la virtud abrigo,
Si aún marchando con reyes guardas tu sencillez,
Si no pueden herirte ni amigos ni enemigos,
Si todos te reclaman y ninguno te precisa;
Si puedes rellenar un implacable minuto
con sesenta segundos de combate bravío,
tuya es la Tierra y sus codiciados frutos,
Y, lo que es más, ¡serás un Hombre, hijo mío!

En français:

Si…

Si tu peux voir détruit l’ouvrage de ta vie
Et sans dire un seul mot te mettre à rebâtir,
Ou, perdre d’un seul coup le gain de cent parties
Sans un geste et sans un soupir ;

Si tu peux être amant sans être fou d’amour,
Si tu peux être fort sans cesser d’être tendre
Et, te sentant haï sans haïr à ton tour,
Pourtant lutter et te défendre ;

Si tu peux supporter d’entendre tes paroles
Travesties par des gueux pour exciter des sots,
Et d’entendre mentir sur toi leur bouche folle,
Sans mentir toi-même d’un seul mot ;

Si tu peux rester digne en étant populaire,
Si tu peux rester peuple en conseillant les rois
Et si tu peux aimer tous tes amis en frère
Sans qu’aucun d’eux soit tout pour toi ;

Si tu sais méditer, observer et connaître
Sans jamais devenir sceptique ou destructeur ;
Rêver, mais sans laisser ton rêve être ton maître,
Penser sans n’être qu’un penseur ;

Si tu peux être dur sans jamais être en rage,
Si tu peux être brave et jamais imprudent,
Si tu sais être bon, si tu sais être sage
Sans être moral ni pédant ;

Si tu peux rencontrer Triomphe après Défaite
Et recevoir ces deux menteurs d’un même front,
Si tu peux conserver ton courage et ta tête
Quand tous les autres les perdront,

Alors, les Rois, les Dieux, la Chance et la Victoire
Seront à tout jamais tes esclaves soumis
Et, ce qui vaut mieux que les Rois et la Gloire,

Tu seras un Homme, mon fils.

Rudyard Kipling

En català:

Si…

Si pots mantenir el cap assenyat quan al voltant
tothom el perd, fent que en siguis el responsable;
si pots confiar en tu quan tots dubten de tu,
deixant un lloc, també, per als seus dubtes;
si pots esperar i no cansar-te de l’espera,
o no mentir encara que et menteixin,
o no odiar encara que t’odiïn,
sense donar-te fums, ni parlar en to sapiencial;

si pots somiar —sense fer que els somnis et dominin,
si pots pensar —sense fer una fi dels pensaments;
si pots enfrontar-te al Triomf i a la Catàstrofe
i tractar igual aquests dos impostors;
si pots suportar de sentir la veritat que has dit,
tergiversada per bergants per enxampar-hi els necis,
o pots contemplar, trencat, allò a què has dedicat la vida,
i ajupir-te i bastir-ho de bell nou amb eines velles:

si pots fer una pila de tots els guanys
i jugar-te-la tota a una sola carta,
i perdre, i recomençar de zero un altre cop
sense dir mai res del que has perdut;
si pots forçar el cor, els nervis, els tendons
a servir-te quan ja no són, com eren, forts,
per resistir quan en tu ja no hi ha res
llevat la Voluntat que els diu: «Seguiu!»

Si pots parlar amb les gents i ser virtuós,
o passejar amb Reis i tocar de peus a terra,
si tots compten amb tu, i ningú no hi compta massa;
si pots omplir el minut que no perdona
amb seixanta segons que valguin el camí recorregut,
teva és la Terra i tot el que ella té
i, encara més, arribaràs, fill meu, a ser un Home.

Em potuguês:

SE

Se és capaz de manter tua calma, quando,
todo mundo ao redor já a perdeu e te culpa.
De crer em ti quando estão todos duvidando,
e para esses no entanto achar uma desculpa.

Se és capaz de esperar sem te desesperares,
ou, enganado, não mentir ao mentiroso,
Ou, sendo odiado, sempre ao ódio te esquivares,
e não parecer bom demais, nem pretensioso.

Se és capaz de pensar – sem que a isso só te atires,
de sonhar – sem fazer dos sonhos teus senhores.
Se, encontrando a Desgraça e o Triunfo, conseguires,
tratar da mesma forma a esses dois impostores.

Se és capaz de sofrer a dor de ver mudadas,
em armadilhas as verdades que disseste
E as coisas, por que deste a vida estraçalhadas,
e refazê-las com o bem pouco que te reste.

Se és capaz de arriscar numa única parada,
tudo quanto ganhaste em toda a tua vida.
E perder e, ao perder, sem nunca dizer nada,
resignado, tornar ao ponto de partida.

De forçar coração, nervos, músculos, tudo,
a dar seja o que for que neles ainda existe.
E a persistir assim quando, exausto, contudo,
resta a vontade em ti, que ainda te ordena: Persiste!

Se és capaz de, entre a plebe, não te corromperes,
e, entre Reis, não perder a naturalidade.
E de amigos, quer bons, quer maus, te defenderes,
se a todos podes ser de alguma utilidade.

Se és capaz de dar, segundo por segundo,
ao minuto fatal todo valor e brilho.
Tua é a Terra com tudo o que existe no mundo,
e – o que ainda é muito mais – és um Homem, meu filho!

Rudyard Kipling
Tradução de Guilherme de Almeida

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

É preciso aproveitar o momento mágico




http://www.metododerose.org/blogdoderose/livros/coisas-que-a-vida-me-ensinou-e-preciso-aproveitar-o-momento-magico/

Tudo na vida tem o seu momento mágico. Se você deixar passar, provavelmente não o fará mais. Por isso, quando viam alguém pensativo, os antigos costumavam dizer: “quem pensa não casa”. E não casa mesmo.

Portanto, quando surgir aquele amor da sua vida, não pense duas vezes. Entregue-se de corpo e alma. Há a possibilidade de dar-se mal? Claro que sim. Mas também há a possibilidade tornar-se a pessoa mais feliz do mundo. Você jamais saberá se não for a fundo. Tem gente que vive na defensiva para que ninguém parta o seu coração. Talvez consiga o seu intento de blindar-se. Por outro lado, não conseguirá viver os momentos tão intensos de felicidade, somente obteníveis pelo arrebatamento, auto-entrega e confiança recíproca.

Isso é verdade com relação a todas as coisas. Se você pensar muito, não abandona o empreguinho medíocre para vir a tornar-se senhor do seu próprio nariz. Se não pensar demais, não sentirá o medo que paralisa. Agindo no momento certo terá a coragem de jogar tudo para o alto, arriscar tudo e mudar de profissão. Depois que der o passo decisivo e trocar de carreira, estará tão envolvido com o projeto que não haverá outro jeito senão vencer: os navios terão sido queimados na retaguarda e não haverá como retroceder. É assim que se vence.

Se aproveitar o momento mágico, você muda a sua vida. Se não, jamais mudará. Mas, atenção: isso não quer dizer agir por impulso, ou tomar atitudes irracionais. Quer dizer apenas que quando uma verdadeira oportunidade se aproximar, você deve saber agarrá-la antes que passe. As pessoas bem sucedidas e as pessoas mais felizes são as que sabem aproveitar uma oportunidade.


terça-feira, 1 de novembro de 2011

Artigo de setembro da Táxi Cultura!

Extraído do site:

Qualidade de Vida

Alta performance e autoconhecimento

A alta performance individual aliada ao sentido de coletividade é a ferramenta para responder a uma sociedade que a cada dia exige resultados mais extraordinários

Por Fernanda Monteforte - 28/09/2011

















Em uma época em que a velocidade das informações e os avanços na tecnologia aceleram a competitividade, o desafio de fazer a diferença torna-se quase uma obrigação. As transformações em todas as áreas do conhecimento são incessantes e, dentro desse contexto, surge a necessidade de difundir e praticar a responsabilidade socioambiental, essencial à preservação da nossa espécie.

De onde vem a alta performance?

Exige-se o aprimoramento das lideranças e da sociedade como um todo. Emergem conceitos de equipes de alta performance, famílias de alta performance, escolas de alta performance, gestão de alta performance, alta performance desportiva e por aí vai.

Contudo, é interessante notar que, em qualquer um destes segmentos sociais, para que a mudança coletiva possa acontecer, torna-se necessária uma profunda mudança no indivíduo: a alta performance pessoal.

Do particular para o coletivo

Para alcançar essa nova postura é preciso que o ser humano se torne mais consciente da sua interligação com as pessoas e com o meio em que vive. Desse modo, o indivíduo passa a exercer de forma mais lúcida e clara as suas atribuições e compromissos com a família, com os colegas de trabalho, com a sociedade e com a natureza.

Adotar uma postura mais integrativa contribui ainda para o desenvolvimento de uma nova criatividade, capaz de exacerbar a importância de agir com praticidade para conquistar objetivos e construir um mundo melhor para si e para o próprio planeta.

O Eu e os Outros

Esse paradigma transformador traz consigo ainda o compromisso de priorizar e zelar pelos relacionamentos interpessoais, valorizando a confiança, o respeito, a reciprocidade, a credibilidade e a lealdade.

Os talentos individuais passam a ser aplicados à sinergia do grupo. A atitude ética, o bem-estar físico, o gerenciamento das emoções, os pensamentos edificantes se tornam fontes de energia e motivação para conquistar a excelência pessoal.

Para obter alta performance é necessário autoconhecimento

Com um forte alicerce interno, o indivíduo pode deixar aflorar a intuição, via de conhecimento que certamente é um dos principais diferenciais das pessoas de alta performance, talvez a única que nos permita acompanhar a velocidade do mundo moderno.

Dicas:

1. Adote uma metodologia de aprimoramento
pessoal que desenvolva suas habilidades através
da boa alimentação, boa forma e boa cabeça

2. Defina seus objetivos pessoais e estabeleça
com clareza a forma como quer contribuir no
seu trabalho, na família e na sociedade

3. Aprimore sua comunicação. Aprenda a ouvir mais, a sentir e intuir

4. Invista em conhecimento e cultura

5. Identifique os problemas e procure encará-los de frente

6. Aprenda com as experiências

7. Comprometa-se com a solução e não deixe pendências

8. Descubra seus talentos e acredite naquilo que
encontra eco em seu coração




Fernanda Monteforte é consultora
de qualidade de vida e ministra
aulas do Método DeRose.
fernanda.monteforte@metododerose.org